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Juliana Kosso e a irreverência das Velhas Virgens

Banda paulista liderada pelo irreverente Paulão, as Velhas Virgens colecionam mais de 20 anos de carreira, milhares de fãs e alguns dos discos mais antológicos do cenário underground brasileiro. Suas letras exploram a sexualidade e a boemia dentro do mais puro rock'n'roll. E para agradar ainda mais os fãs da tríade mulher, cerveja e rock'n'roll Juliana Kosso, empresta às Velhas sua voz e charme ocupando com maestria o posto de vocal feminino da banda. Confira agora a entrevista dela ao Espaço Garotas do Rock:

Garotas do Rock: Olá Juliana, primeiramente, gostaria de te agradecer em nome do Espaço Garotas do Rock por estar concedendo esta entrevista e, pra começar, uma pergunta de praxe: Quais influências te trouxeram para o mundo do rock'n'roll?
Juliana Kosso: Oba, eu agradeço pela oportunidade! Acredito que minhas influências surgiram pelos meus irmãos mais velhos que já curtiam rock, cresci ouvindo sons de Led Zeppelin, banda Ufo, Black Sabath, Kiss, Rainbow...enfim, era um ambiente total com esses sons , foi um privilégio para meus ouvidos!

Garotas do Rock: Por quais projetos e bandas você passou antes de chegar às Velhas Virgens? Qual foi o mais marcante?
Juliana Kosso: Quando era adolescente participei de um grupo infanto juvenil chamado "A patotinha”, foi meu inicio, aprendí muito lá, inclusive como ter um comportamento profissional, gravei pela RGE ,entre rádios e tvs pelo País, depois disso foquei minha vida na banda Coyote onde realmente foi a mais marcante por me dedicar tanto, gravei 3 cds com muitas composições minhas , entre a banda cantava também em barzinhos fazendo voz e violão e até banda de baile participei , pois já me sustentava há muitos anos com musica, como até hoje!

Garotas do Rock: Como se deu o convite para cantar com as Velhas? Há quanto tempo você acompanha a banda?
Juliana Kosso: O convite veio através do Paulão, comecei fazendo "sub" pra ex-vocalista Lili e conforme o tempo foi passando foi rolando um entrosamento maior e assim o convite oficial. Já conhecia a banda antes de entrar nela e na época de Coyote já abria os shows do Velhas também. Somando faz quase 3 anos de Velhas Virgens!

Garotas do Rock: Quais músicas você interpreta na banda? Você fica o tempo todo no palco ou só entra nas músicas que canta?
Juliana Kosso: A turnê NBCL tá no finalzinho faço 3 músicas e backing vocal com figurinos diferenciados pra algumas canções , não fico todo o tempo no palco nesse formato de show, porém no show Carnavelhas fico todo o tempo, afinal cerveja , rock e mulher são pontos fortes que não podem faltar pra banda , não é?

Garotas do Rock: Como é a convivência com Paulão, o grande herói do rock brasileiro?
Juliana Kosso: É uma delícia, tenho maior respeito pela pessoa e profissional que é, aprendo sempre com ele.

Garotas do Rock: Até que ponto você se identifica com as letras que canta?
Juliana Kosso: Até certo ponto, porque acredito que todo mundo na vida tem limites pras coisas, tem pessoas quem não tem, mas o importante é ser feliz nessa vida, viver os momentos como se fossem os últimos, viver e não ter a vergonha de ser feliz!

Garotas do Rock: Como você se sente sendo a única mulher no meio de tantas canções libidinosas, marmanjos feiosos e fãs ensandecidos? Já rolou algum assédio mais pesado por parte de algum (a) fã?
Juliana Kosso: Sinto-me fazendo rock'n'roll puro, na maioria das vezes estive trabalhando com homens feiosos ou não rs, então já fiquei bem acostumada com isso, a única vez que tive um trabalho vocal com meninas, foi com o grupo "A Patotinha". Sou uma pessoa sem preconceito e respeito muito opiniões e jeito de viver de outras pessoas e se as músicas falam essa linguagem é porque de alguma forma ou outra as pessoas se identificam e assim caminha a humanidade. O assédio sempre rola, mas nada absurdo, quem é fã de verdade e acompanha a banda, entende perfeitamente todo o conteúdo e o personagem que faço e assim fica mais fácil, estamos quites! Rs.

Garotas do Rock: Um dos grandes diferenciais das Velhas Virgens, dentre as bandas de rock nacional em evidência, é justamente o fato das Velhas realmente tocarem rock'n'roll. Como você encara essa invasão colorida nas rádios do país?
Juliana Kosso: Cada um é cada um, cada um com seu espaço, somos independentes, acredito que pra gente seja mais estreito o caminho.
Por outro lado, são bandas teens, eles estão preenchendo as lacunas das crianças e adolescentes, faz parte, tem mídia, o espaço é maior, daqui um tempo a moda será outra e assim que é, o lugar é deles agora e isso tá sendo consumido. As influências de sons, uma mistureba de valores musicais um resultado que pra minha idade não rola, eu não gosto e não ouço e sei bem pouco, porém, se fosse escolher, é melhor assim do que pagode, funk, axé... Se você for maior de 18, tá na hora de ouvir um som de macho! rs..

Garotas do Rock: Durante a década de noventa, as mulheres do rock nacional pareciam esconder ou até mesmo renegar a sua feminilidade, o que acha dessa postura?
Juliana Kosso: Acho que as mulheres sempre buscou um espaço pra serem felizes, talvez o tempo foi mostrando isso aos poucos, mas não dá pra negar que a força e conquista foi tomando rumos maiores, hoje elas tem mais independência, o ano de 2011 é bem favorável. Eba!

Garotas do Rock: Além das Velhas, em quais outros projetos você está participando no momento?
Juliana Kosso: Tenho um show de tributo a Cássia Eller que faço esporádicamente e gravei um projeto espetacular com o Cavalo Dias ( guitarrista Velhas), Martelo ( banda Almada) e Paulo Anhaia (produtor musical e ex- Monster), ..esse trampo é bem suave , bem diferente do rock do Velhas , lembra um pouco Mutantes, às vezes pitadas de David Bowie, com letras do cotidiano das pessoas, a banda se chama Estranhos no Paraíso e já está tudo pronto e estamos pra lançar o disco logo, pra quem quiser se apronfundar mais é só entrar no site www.estranhosnoparaiso.com.br.

Garotas do Rock: E pra terminar, momento Caras! Estado civil; Um sonho; Um disco; Uma música; Um filme; Um recado para todas que te tem como inspiração;
Juliana Kosso: Casada, minha casa própria , cotidiano confuso, Mary and Max.
Mulheres tem ouvidos afrodisíacos, fazer amor ou sexo ou sexo com amor , faça tudo isso com arte usando camisinha ouvindo um bom rock'n'roll!
Um Bjo e obrigada!




Fotos: Rafael Rezende .
Por Gabriel Lima .

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O som pesado da Madame Saatan

Um metal blues misturado ao heavy metal, thrash metal, hardcore punk com adição do regionalismo paraense como o som do lundu e do carimbó, essa é a banda Madame Saatan, que nasceu em meados de 2003 em Belém (PA). Um quarteto de músicos afiados e uma vocalista de voz grave e super presença de palco.

A banda surgiu de uma idéia entre amigos que queriam fazer da música seu ganha pão, a primeira apresentação como Madame Saatan aconteceu por meio de uma montagem teatral baseada na obra Ubu Rei, do Alfred Jarry. “Então compusemos e tocamos ao vivo a trilha para a montagem em questão e precisávamos de um nome que desse a idéia de contraste”, afirma Sammliz.

Madame Saatan é formada por Sammliz (vocal), Edinho Guerreiro (guitarra), Ícaro Suzuki (baixo) e Ivan Vanzar (bateria), e desde sua formação começou a ganhar destaque por onde se apresentava. Entre os festivais independentes já coleciona participações no MADA, Porão do Rock, Bananada, Se Rasgun, Varadouro, Belrock, Jambolada e Demo Sul.

Conversamos com a vocalista da banda, Sammliz, a respeito de rock feminino, projetos e muito mais!

Um misto de influências, cada integrante trouxe consigo um baú de referências sonoras. “Blues, punk, thrash, música brasileira,pop... Chupamos muita coisa daí. Vezes compomos juntos nos ensaios, em cima de um riff,levada de bateria, ou eu levo alguma coisa para todos arranjarem”, afirma Sammliz.

Perguntamos sobre a relação mulher e rock, espaço, antes, predominantemente masculino e agora dividido com mulheres, Sammliz afirma que o rock sempre foi um cavalheiro desde o início, e que não percebeu nenhum tipo de preconceito pelo fato de ser mulher. “Pode-se falar de delicadezas em geral sem soar piegas ou sentimentalóide. Isso pode vir revestido de visceralidade, por que não? Eu não vejo muito isso do público estar ali na frente esperando uma postura X pelo fato de ser mulher. Acho que ele quer mais é ser provocado, sentir a música e decidir se gosta ou não dela, tanto faz se é uma mulher ou não no palco. Deveria ser assim acho eu”, afirma.

A respeito das influências culturais adicionadas ao rock do Madame Saatan, Sammliz afirma que “o Pará é um país a parte, já que o Estado é agraciado com manifestações culturais diversas e a cena musical é um caldeirão sonoro onde cabe rock, guitarrada,mpb, carimbó,lundu, tecnobrega e com uma expressiva parte de público que transita entre todos eles. Temos uma das cenas metal e punk mais antigas do Brasil e há bandas as pencas em Belém fazendo shows , movimentando-se através de coletivos e festivais de vários portes”. No Pará existem várias outras bandas com vocal feminino também, entre elas Álibi de Orfeu, Myttus e Teor do Ódio, que estão em atividade no momento.

O Madame Saatan já é uma banda bastante conhecida no meio independente, já participou de vários festivais, apareceram na globo (óh! rs) e tem clips veiculados na mtv, como é isso para uma banda que saiu lá do Pará e conquistou um determinado reconhecimento musical? “Sinto que estamos sempre recomeçando e notar que de alguma forma a coisa anda nos traz uma sensação de satisfação. Isso serve de estímulo para que continuemos na missão com mais leveza para o tanto de chão que tem pela frente”, diz.

Sobre os coletivos independentes Sammliz diz que o Madame Saatan é “parceiro de todo e qualquer coletivo que esteja trabalhando com música independente no Brasil e achamos importante que essas redes de produção e circulação se desenvolvam”.

Sobre a música livre que circula pela internet ela é enfática, “a internet é ferramenta fundamental para qualquer banda se promover, divulgar shows, estreitar laços com seu e fazer parcerias. A distribuição livre de música funciona para divulgar principalmente bandas independentes, mas acredito também em formas novas de você oferecer o trabalho àquele público que gosta ao ponto de querer pagar por ele, o que é muito justo. Há bandas de tamanhos diversos e elas decidem de que forma haverá a troca entre elas e seu público”.

E ainda faz um convite para as garotas que queiram se aventurar na cena do rock: “Bóra!

Desejamos sucesso à Sammliz e ao Madame Saatan pelo trabalho que fazem! Boa música! =]
E se você ainda não conhece o trabalho da banda, acesse: http://www.madamesaatan.com/.

Fotos: Divulgação .
Por Caroll Marinho .

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Conheça as meninas da Timeless Rock!


Com apenas sete meses de formação a banda Timeless Rock, da cidade de Santos (SP), chega fazendo rock, “um rock nem pesado e nem leve, digamos que na medida”, é como definem suas integrantes. Uma banda de rock formada somente por mulheres, sim! Somente por mulheres! Detalhe que as integrantes acreditam ser um diferencial, “mesmo já existindo várias bandas boas que são formadas somente por meninas, queremos acabar com esse pré-conceito que, infelizmente, ainda existe entorno de bandas femininas”, afirmam.

Quando indagadas sobre a escolha do nome elas explicam que tinham até dezembro de 2010 pra aproveitar o máximo da banda, pois cada uma iria seguir um rumo. Então buscaram por um nome que a tradução tivesse um contraste com o pouco tempo, “assim colocamos a palavra Time (tempo) e o Less no final (sufixo -sem-) assim tendo uma tradução ao pé da letra como 'sem tempo' e tendo a tradução original 'eterno'”, refletem.

Com influências que vão de Paramore, Glória, Pitty, Versaemerge, ao (super) pop de Kesha e Katy Perry, as garotas de Santos seguem com repertório completamente autoral. Já se apresentaram em vários eventos locais e dizem pretender manter essa rotina de ensaios, shows e gravações, afinal “toda banda sonha em viver de música mesmo que pra isso tenhamos que ralar horrores! Hehe. Fazer show, sem dúvidas, traz umas das melhores sensações do mundo!! Quem não quer sentir isso toda semana né?!”, dizem.

Com Amanda na guitarra solo, Ira no baixo, Isis na guitarra base, Nanda no vocal e Mari na bateria, elas seguem a todo vapor compondo e gravando, mesmo que a gravação ainda não seja de ótima qualidade, elas seguem num processo gradual de amadurecimento em suas produções musicais.

O processo de formação da Timeless Rock surgiu de interesses em comum, a Isis (guitarra) queria montar uma banda com a Ira (baixo), a Mari (bateria) apareceu (guiada pelo destino). Encontraram a vocalista, Nanda, em um site que auxilia na formação de bandas, e com essa formação a banda permaneceu durante quatro meses. Com o passar do tempo as meninas sentiram falta da guitarra solo, foi então que a Isis convidou uma amiga da escola para participar, a Amanda (guitarra solo) aceitou e assim se formou a Timeless.


E para saber mais sobre a banda, ouvir as musicas e ter contato direto é só procurar no twitter :@timelessrock, no MySpace www.myspace.com/timelessrock, ou no canal do YouTube: www.youtube.com/user/RockTimeless, além do tradicional Orkut.

Fotos e vídeos: Divulgação
Por Caroll Marinho.

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